Quantas prisões e abordagens (bem feitas) deixariam de ser feitas pelo uso do cinto de segurança? Muitas é a resposta. Quando estamos em patrulhamento diversas vezes a ocorrência esbarra em nossa guarnição, quantas vezes ao passar por uma esquina aparece de repente um marginal e a descida rápida da viatura é imprescindível, onde frações de segundo fazem a diferença no engajamento do marginal que está armado com faca ou arma de fogo na cintura. É nossa vida em jogo.
E não estou querendo dizer que o policial iria morrer porque estava utilizando cinto de segurança, na realidade o risco de morte ou lesão é maior em acidente de viatura do que alvejado por malas (digo na realidade do Distrito Federal).
Mas a que preço essa questão de cinto de segurança teria para a sociedade, quantos marginais deixariam de ser abordados, já que o policial deixando de ter aqueles poucos segundos de vantagem pode simplesmente virar um atendedor de ocorrências, esperando a próxima ocorrência enviada pela CENTRAL.
Quanto mais tentam interferir no serviço policial pior a qualidade dos COMBATENTES e quem perde no final da conta não é o marginal. Aos poucos a legislação vem limitando a ação policial: não se pode algemar, não se pode colocar em cubículo, não se pode chamar de preso somente depois de transitado e julgado mesmo quando encontramos o marginal com uma arma na cintura, rotolight sempre ligado (para avisar as crianças), daqui a pouco teremos que andar com cobertores e café para darmos para quem prendemos.
Esta ficando complicado agir como policial, por isso cada vez menos policiais querem ir para as ruas para o combate, tudo joga contra, a administração, as leis, a sociedade e é claro, nossos marginais.